EMI e Warner com novo modelo de negócio

Chama-se “aleatoriedade” e é o novo modelo de negócio da EMI e da Warner, duas das maiores editoras discográficas do mundo.



A EMI anda às voltas ao ralo há já tempo suficiente para me parecer que, não tarda muito, adeus EMI. Já ninguém sabe muito bem quem manda na EMI – será o Citigroup ou a Terra Firma? – mas algo me diz que tanto faz. Contrataram um novo CEO há mais de um ano e meio e as coisas continuam na mesma – uma desgraça.

A Warner acaba de anunciar uma coisa brilhante: que vai deixar de licenciar músicas dos seus artistas para serviços de streaming gratuitos como o Spotify. Traduzido por miúdos, acabou-se a música da Warner em streaming gratuito legal, que já representa certamente uns trocos ao final do mês – sobretudo no Reino Unido, onde o Spotify começou a revolucionar este sector.

Recordo que o mercado dos discos continua em queda e por isso proponho que deixem também de vender MP3 no iTunes, na Amazon e afins. Para quê, afinal? Assim como assim, não vale a pena… Vamos todos morrer um dia.

(Perdoem a falta de rigor deste texto mas é mais um desabafo que outra coisa.)

Um pouco mais a sério: a EMI está no que me parece ser um caminho irreversível para o esquecimento – guerras, prejuízos e decisões estratégicas muito duvidosas chegam e sobram para carregar as culpas. Já a Warner conseguiu surpreender valentemente com esta decisão. Parece que o streaming gratuito é mau para a venda de discos, diz Edgar Bronfman Jr., CEO da Warner Music.
Andam a brincar às editoras.