Londres e a surpresa chamada Decemberists

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Cheguei há uns dias de Londres, onde tive oportunidade de ver ao vivo uma banda com quem alimento uma relação muito casual: The Decemberists. Não vou fazer aqui uma grande crítica ao concerto, até porque o facto de só ter ouvido os três últimos álbuns e um EP me impede de conhecer suficientemente a carreira da banda. Mas deixem-me dizer-vos que saí do Hammersmith Apollo absolutamente rendido aos Decemberists.

Eles são country, folk, rock e pop mas também há ali coisas mais ou menos progressivas que dificultam (ainda mais) a catalogação da música que fazem. Fazem música boa. Chega? Foi um óptimo concerto. Divertidos e sociáveis (existe uma teoria que diz que os artistas interagem muito mais com o público em Londres do que por cá por causa da Língua e assim… e parece fazer sentido), os Decemberists tocaram durante duas horas para cerca de 5 mil pessoas e não me parece que tenham desiludido ninguém.

Desde a abertura, com “Shiny”, passando por “Won’t Want For Love” e pela fantástica sequência “The Crane Wife 1&2″ / “The Crane Wife 3″ / “The Rake’s Song”, até ao final do… (vamos chamar-lhe) tempo regulamentar, com “16 Military Wives”… tudo ali foi bom demais.

Vieram os dois encores, primeiro com uma pequena surpresa – “The Hazards of Love 4″, talvez a canção mais melodramática dos Decemberists e definitivamente a minha favorita – e com um grande, grande momento – “The Mariner’s Revenge Son”. Para terminar com um piscar de olho ao Verão, “June Hymn” foi a escolhida para encerrar a noite e a digressão europeia da banda.

São muito, muito bons… e é pena que não tenham vindo ainda (que eu saiba) a Portugal. Depois disto, sei que quereria vê-los novamente ao vivo.