O melhor de 2012 – canções

Cat Power 2012 2

Este é o segundo de três posts sobre o melhor da música em 2012.

Este ano foi passado a ouvir muita música de outros anos. O melhor de 2012 é, portanto, muito difícil de escolher. Não acho que a música de 2012 tenha estado à altura do brilhantismo da de outros anos. Olhando para os meus tops dos anos anteriores, acho que este ano é mesmo o menos consistente. Mas pronto, que fazer? Não foi por isso que deixámos de ter música maravilhosa a sair. Mas foi tão mais difícil encontrá-la, pá…

As minhas dez canções favoritas de 2012:

10 – Beach House – “Myth”

Há coisas óbvias que o são por motivos… bem, óbvios. “Myth” está nesta lista porque é extraordinariamente boa. Toda a gente já percebeu isso, claramente, e não há problema nenhum. Pelo contrário. A verdade é que podia passar horas a ouvir isto. Reverb, bitches.
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9 – Dan Mangan – “We Want To Be Pleasantly Surprised, Not Expectedly Let Down”

Com Radicals, o single editado em outubro, Dan Mangan decidiu oferecer um pequeno mas épico presente aos fãs. “We Want To Be Pleasantly Surprised, Not Expectedly Let Down” é o lado A. E justamente. Tanta bateria, tanta energia para oferecer… e tão poucos a ouvir isto, pá.
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8 – Cold Specks  – “Blank Maps”

Bastou-me ouvir os primeiros 5 segundos de guitarra para perceber que ia gostar de “Blank Maps”. A voz de Al Spx incomodará uns quantos… mas eu adoro-a, sinceramente. Aquele arranhar constante, aqueles agudos meio descontrolados, tudo. “I am a goddamn believer”, diz ela a determinada altura, só para que possamos ter uma cereja no topo do bolo, contraditória e cândida, como se gosta.
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7 – Memoryhouse – “The Kids Were Wrong”

“Go to sleep, nothing’s changing”, canta a impecável Denise Nouvion a abrir. Não é coisa para mudar o mundo, de facto, mas não deixa de ser uma das canções que mais deixou marca este ano. O triunfo da pop leve e inconsequente!
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6 – Atoms For Peace – “Default”

O álbum de estreia dos Atoms For Peace só sai para o ano mas o primeiro single já promete muito. Ainda não seconsegue perceber muito bem o que distingue um álbum de Atoms For Peace do álbum a solo de Thom Yorke… pelo que “Default” se assemelha muito a uma extensão de The Eraser revista e atualizada. O que é bom, certo?
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5 – Japandroids – “The House That Heaven Built”

Um hino rock’n’roll moderno de uma banda aparentemente disposta a desfazer os dedos nas guitarras. Nosso Senhor Bruce Springsteen os abençoe durante muitos anos, que com música assim não precisamos de mais nada.
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4 -Bat For Lashes – “Laura”

Entre a grandiosidade à la Disney, secções de cordas e de metais contidas mas certeiras, uma melodia baladeira das melhores que saíram do maravilhoso mundo de Bat For Lashes e a voz perfeita de Natasha Khan, é difícil resistir a “Laura”. Aproveitem o melhor possível, que isto é do melhor que há por aí.
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3 – Grizzly Bear – “Yet Again”

Não havia como fugir a mais uma grande música dos Grizzly Bear, que insistem em dar-nos mais do que merecemos. “Yet Again” é maravilhosa e viciante mas consegue sempre fugir aos caminhos mais óbvios, como seria de esperar de uma canção dos Grizzly Bear. O ponto mais alto de um álbum cheio de pontos altos.
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2 – Sharon Van Etten – “All I Can”

Bem ao meu estilo, “All I Can” é um tema libertador. E é-o porque fala de limitações, de fazermos o que podemos e de cometermos erros. Tudo isto em crescendo, com direito a metais lá para o final e tudo. Se não fazem ideia do que estou a falar, ouçam-na já. E depois respondam-me: convencidos?
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1 – Cat Power – “Nothin’ But Time”

O momento mais luminoso de Sun é o momento musical mais luminoso do ano. Nesta espécie de manifesto/carta de amor ao ser humano, Cat Power conta com a ajuda de Iggy Pop para nos fazer uma lavagem cerebral de motivação de quase 11 minutos. E a coisa resulta. Música e letra agarraram-se ao meu cérebro para nunca mais sair.
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