Optimus Primavera Sound: 20 concertos depois

A segunda edição do Optimus Primavera Sound foi o que se esperava: três dias de boa música no local perfeito para ela.

Tal como no ano passado, tenho de destacar o Parque da Cidade, no Porto, que é claramente um dos melhores sítios que alguma vez recebeu um festival. Seja em que palco for, é virtualmente impossível não ver um concerto por haver demasiada gente à frente. E aquele verde todo, e aqueles finais de tarde (este ano, um bocado mais frios)… Tudo perfeito, mesmo.

Não me vou pôr aqui a falar dos 20 concertos que vi (alguns dos quais apenas parcialmente porque… bem, demasiados concertos) mas quero destacar uns quantos momentos:

1. Local Natives, Grizzly Bear e Blur

Grande sequência de concertos, a culminar com um enorme concerto da banda de Damon Albarn e companhia. Tive a infeliz ideia de ir lá mesmo para a frente onde, aparentemente, fazer mosh numa canção como “Beetlebum” é normal… mas, ainda assim, valeu totalmente a pena.

2. Nick Cave & The Bad Seeds

Não tinha grandes expectativas para o concerto de Nick Cave mas acabei convencido. Já o tinha visto no Coliseu há uns anos… e o concerto do Primavera, apesar de mais curto, foi muito melhor. Acho que tenho mesmo de ouvir o novo álbum, não é?

3. Titus Andronicus

Queria muito vê-los… e não posso dizer que esteja arrependido. Muita guitarra e muito parafuso a menos na cabeça do vocalista Patrick Stickles fizeram deste concerto uma das grandes memórias que levo desta edição do festival.

4. Explosions In The Sky

Não consigo dizer de cor o nome de uma única música deles e, no entanto, adoro-os. Um concerto sem voz nem distrações. Era música que os Explosions In The Sky tinham para nos dar e foi isso que fizeram brilhantemente.

5. Neko Case

Alguém me disse que o concerto de Neko Case tinha sido mesmo bom para dormir. Não posso dizer que discorde. Eu estava quase a dormir de pé… mas a experiência é inigualável (e boa). Adormecer ao som da voz e da maravilhosa country de Neko Case é um luxo que não está propriamente acessível a todos, não?

Houve mais concertos – uns bastante porreiros, outros absolutamente esquecíveis – mas estes são os meus grandes destaques. Ah, e das 11 canções que gostava de ter ouvido no festival, consegui riscar apenas quatro cinco: “Out of Time” dos Blur, “Colombia” dos Local Natives, “Yet Again” dos Grizzly Bear e, “A More Perfect Union” dos Titus Andronicus e ““The Birth And Death Of The Day” dos Explosions In The Sky (acrescentada depois da chamada de atenção da Sílvia nos comentários – eu avisei que não conhecia as músicas!). Podia ter sido pior.